segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ano letivo começa com escolas inacabadas e móveis precários

Cadeiras quebradas, teto sem cobertura, buraco na parede e parquinho abandonado. Assim estão as escolas em pelo menos cinco estados.

Salas de aula sem teto, sem cadeiras, professores dando aula dentro de uma garagem. Nossos repórteres percorreram o Brasil e mostram agora a situação das escolas públicas no começo do ano letivo. Alunos tentam aprender e professores tentam dar aula em completo improviso pelo país.
Cadeiras quebradas e amontoadas, lousa quebrada, teto sem cobertura, buraco na parede, chão de madeira, parquinho abandonado e cheio de mato. Nas imagens pode-se ver como estão as escolas públicas em, pelo menos, cinco estados.
Em Pirenópolis, GO, a sala de aula é na verdade a garagem da casa. Caminhando mais pro fundo encontramos o que seria a cozinha, que virou uma apertada e escura sala de aula. Mais adiante está o único banheiro do lugar, que é dividido por todos: funcionários, professores e alunos. A situação já foi pior. Antes o banheiro era dentro da sala de aula, sem porta. Tinha apenas uma cortina.
No extremo sul da Bahia, em 80% das escolas da zona rural não há cadeiras, diz o Sindicato dos Professores Municipais. Não há onde sentar, mas sobram computadores em Salvador. Que nunca foram tirados da caixa. Estão lá há quase três anos porque a escola não tem sala de informática.
Na maior escola da zona norte de Teresina, PI, sabe o que falta? O teto. São 700 alunos prejudicados porque, sem essa cobertura, eles ficam expostos ao sol e a chuva. Em outras 12 escolas faltam livros e carteiras para os estudantes. Para agravar a situação, os professores da rede estadual decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. São 350 mil alunos sem aula no Piaui.
Em São Paulo, a maior cidade do país, faltou terminar a escola antes da aula começar. Entramos no prédio, mas não pudemos gravar imagens. Ficamos pelo menos cinco minutos dentro da escola para ver as condições e deu para observar que realmente tem muita poeira nos corredores, nas salas de aula. Encontramos também trabalhadores fazendo o serviço. O material de construção fica guardado na parte de baixo, no andar térreo. Os alunos têm acesso ao corredor, mas o diretor Nivaldo de Sobral disse que as salas ficam trancadas. No segundo e no terceiro andar ficam as salas de aula. Bem ao lado, a obra: é barulho de caminhão e de martelada.
“Esse barulho não é o dia inteiro e não persiste até o final da aula”, justifica Nivaldo, diretor da escola.
Para o pedagogo Francisco Aparecido Cordão, o estado tem que garantir padrões mínimos de qualidade de ensino. Isso inclui prédio adequado, boas instalações e professores preparados.
“Na medida em que a população sabe que uma escola não está funcionando adequadamente, ela tem que denunciar, ela tem que procurar os responsáveis na secretaria estadual, na secretaria municipal ou promotoria da infância e juventude”, diz Francisco.
O governo do estado de São Paulo informou que falta terminar o laboratório e a secretaria da escola. Segundo a Secretaria de Educação, a equipe de pedreiros vai trabalhar apenas nos intervalos dos turnos para não prejudicar os alunos.
O governo de Teresina garantiu que as obras na escola que está sem teto serão retomadas dentro de duas semanas e que já está enviando livros e carteiras para as escolas em dificuldades.
Na Bahia, a prefeitura de Eunápolis explicou que em 10 dias chegam as novas cadeiras. A Secretaria da Educação de Salvador informou que vai inaugurar em maio uma nova escola onde os computadores serão utilizados.
A Secretaria de Educação de Pirenópolis, em Goias, esclareceu que os alunos estão estudando dentro de uma casa porque as aulas eram dadas em salas emprestadas pelo governo do estado. Os alunos serão transferidos nesta semana para outro local.
 
Salas de aula sem teto, sem cadeiras, professores dando aula dentro de uma garagem. Nossos repórteres percorreram o Brasil e mostram agora a situação das escolas públicas no começo do ano letivo. Alunos tentam aprender e professores tentam dar aula em completo improviso pelo país.
Cadeiras quebradas e amontoadas, lousa quebrada, teto sem cobertura, buraco na parede, chão de madeira, parquinho abandonado e cheio de mato. Nas imagens pode-se ver como estão as escolas públicas em, pelo menos, cinco estados.

Em Pirenópolis, GO, a sala de aula é na verdade a garagem da casa. Caminhando mais pro fundo encontramos o que seria a cozinha, que virou uma apertada e escura sala de aula. Mais adiante está o único banheiro do lugar, que é dividido por todos: funcionários, professores e alunos. A situação já foi pior. Antes o banheiro era dentro da sala de aula, sem porta. Tinha apenas uma cortina.

No extremo sul da Bahia, em 80% das escolas da zona rural não há cadeiras, diz o Sindicato dos Professores Municipais. Não há onde sentar, mas sobram computadores em Salvador. Que nunca foram tirados da caixa. Estão lá há quase três anos porque a escola não tem sala de informática.

Na maior escola da zona norte de Teresina, PI, sabe o que falta? O teto. São 700 alunos prejudicados porque, sem essa cobertura, eles ficam expostos ao sol e a chuva. Em outras 12 escolas faltam livros e carteiras para os estudantes. Para agravar a situação, os professores da rede estadual decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. São 350 mil alunos sem aula no Piaui.

Em São Paulo, a maior cidade do país, faltou terminar a escola antes da aula começar. Entramos no prédio, mas não pudemos gravar imagens. Ficamos pelo menos cinco minutos dentro da escola para ver as condições e deu para observar que realmente tem muita poeira nos corredores, nas salas de aula. Encontramos também trabalhadores fazendo o serviço. O material de construção fica guardado na parte de baixo, no andar térreo. Os alunos têm acesso ao corredor, mas o diretor Nivaldo de Sobral disse que as salas ficam trancadas. No segundo e no terceiro andar ficam as salas de aula. Bem ao lado, a obra: é barulho de caminhão e de martelada.

“Esse barulho não é o dia inteiro e não persiste até o final da aula”, justifica Nivaldo, diretor da escola.
Para o pedagogo Francisco Aparecido Cordão, o estado tem que garantir padrões mínimos de qualidade de ensino. Isso inclui prédio adequado, boas instalações e professores preparados.

“Na medida em que a população sabe que uma escola não está funcionando adequadamente, ela tem que denunciar, ela tem que procurar os responsáveis na secretaria estadual, na secretaria municipal ou promotoria da infância e juventude”, diz Francisco.

O governo do estado de São Paulo informou que falta terminar o laboratório e a secretaria da escola. Segundo a Secretaria de Educação, a equipe de pedreiros vai trabalhar apenas nos intervalos dos turnos para não prejudicar os alunos.
 
O governo de Teresina garantiu que as obras na escola que está sem teto serão retomadas dentro de duas semanas e que já está enviando livros e carteiras para as escolas em dificuldades.

Na Bahia, a prefeitura de Eunápolis explicou que em 10 dias chegam as novas cadeiras. A Secretaria da Educação de Salvador informou que vai inaugurar em maio uma nova escola onde os computadores serão utilizados.
 
A Secretaria de Educação de Pirenópolis, em Goias, esclareceu que os alunos estão estudando dentro de uma casa porque as aulas eram dadas em salas emprestadas pelo governo do estado. Os alunos serão transferidos nesta semana para outro local.

Fonte: Jornal Hoje

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