domingo, 22 de maio de 2011

  

Presidenta participa de cerimônia

de beatificação de Irmã Dulce


Em Salvador, presidenta Dilma Rousseff, o presidente do Senado, José Sarney, e
 o governador da Bahia, Jaques Wagner, participam da cerimônia de beatificação
 da irmã Dulce.
 Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Com a presença de cerca de 70 mil fieis, a presidenta Dilma Rousseff participou, neste domingo (22/5), em Salvador (BA), da missa de beatificação de Irmã Dulce, presidida pelo cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, representando o Papa Bento XVI. Com esta decisão, Irmã Dulce passou a se chamar “Bem-aventurada Dulce dos Pobres”.
O título de “beato” ou “bem-aventurado” é concedido pelo Papa a quem viveu e praticou, segundo o Vaticano, “as virtudes cristãs em grau heroico, sendo sua trajetória um modelo de virtude para a vida cristã”.
A beatificação de Irmã Dulce é parte do processo de canonização da missionária brasileira, iniciado em janeiro de 2000. Em abril de 2009, com a aprovação do Positio, documento que reconhece as virtudes da postulante, Irmã Dulce foi declarada “venerável”, primeira etapa da beatificação.
Em outubro de 2010, ocorreu o reconhecimento de um milagre atribuído à Irmã Dulce, última etapa do processo de beatificação. Este milagre teria ocorrido em janeiro de 2001, quando uma devota de Irmã Dulce entrou em coma em decorrência de hemorragia durante o parto. Um sacerdote que sabia da fé da mulher na missionária teria orado pedindo por sua saúde e, em questão de horas, ela teria se recuperado completamente.
Em dezembro de 2010, o Papa Bento XVI autorizou a promulgação do decreto do milagre que transforma a Venerável Dulce em Beata. Se comprovado um milagre adicional atribuído à intercessão da Beata Dulce, seu processo de santificação terá sequencia.
Biografia – Irmã Dulce, como ficou conhecida a missionária Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador (BA), e faleceu aos 77 anos, em 13 de março de 1992.
Em 1933, após formar-se professora, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, Sergipe. Em 15 de agosto de 1934, foi ordenada freira, recebendo o nome de Irmã Dulce em homenagem à sua mãe.
Indicada para lecionar em colégio no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa, iniciou, em 1935, a assistência à comunidade pobre de Alagados, conjunto de palafitas no bairro de Itapagipe. Por este trabalho a imprensa passou a chamá-la de Anjo dos Alagados.
Fundou, em 1936, a União Operária São Francisco – primeira organização operária católica da Bahia – e, em 1937, o Círculo Operário da Bahia. Em 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, escola para operários e filhos de operários, em Massaranduba.
Em 1959, fundou a Associação Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), entidade cujo trabalho a tornou conhecida nacionalmente. Esta associação nasceu em torno do Hospital Santo Antônio, criado em 1949 como um albergue, quando Irmã Dulce improvisou um abrigo no galinheiro do seu convento para 70 doentes que estavam nas ruas de Salvador.
Em 1988 foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney – com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia – para o Prêmio Nobel da Paz.

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