quarta-feira, 16 de março de 2011

O câncer é uma doença que se fizerem diagnóstico precoce tem cura


Num clima descontraído, a presidenta Dilma Rousseff conversou com a apresentadora Hebe Camargo, no Palácio da Alvorada, e não se furtou a temas sobre a infância em Belo Horizonte, o período em que passou numa prisão em São Paulo e até mesmo sobre o câncer que a levou ao tratamento de quimioterapia, inclusive provocando queda de cabelos. E com o foco na doença, Dilma Rousseff explicou que “se as pessoas tratarem, se as pessoas forem ao médico e fizerem seu diagnóstico precoce tem possibilidade de cura”. A entrevista durou mais de 30 minutos e marcou o programa de estreia de Hebe na RedeTV! levado ao ar ontem à noite.
Dilma e Hebe conversaram também sobre política, família e dicas de beleza. Mas elas se alteram em parte da entrevista ao momento em que enfrentaram o câncer. Hebe comentou que durante o tratamento teve queda de cabelo e que, mesmo careca, se deixou fotografar para uma revista como forma de mostrar para a população o problema de saúde que estava enfrentando.
“Agora, sabe, Hebe, eu acho que as pessoas têm de saber que o câncer é uma doença completamente dominada hoje, que se as pessoas tratarem, se as pessoas forem ao médico e fizerem seu diagnóstico precoce tem a possibilidade da cura. E a mulher, principalmente, tem de cuidar do câncer de mama. A mulher tem de fazer isso. E o homem, o de próstata. Eles também têm de se cuidar, não? Tem de enfrentar, não é?”
Ouça abaixo a entrevista da presidenta Dilma Rousseff a Hebe Camargo.
Leia aqui a íntegra da entrevista.

A apresentadora também enfocou o programa “Aqui Tem Farmácia Popular” e a determinação de distribuir remédios para diabetes e hipertensão. “Você lançou um programa que eu amei, o negócio do remédio para hipertensão e diabetes. Gratuito nas farmácias, em todo o Brasil, porque as pessoas não têm dinheiro, são caros os remédios”, disse Hebe.
“E são duas doenças que a pessoa pode viver bem se ela se medicar”, afirmou a presidenta.
“Exato! Eu achei bárbara essa campanha. Quer dizer, de cara, você já “pim-pum-pim-pá”. Isso é que é maravilhoso! Não tem que esperar muito tempo…”, emendou Hebe.
“Agora eu vou falar assim, vou falar assim também. Agora é para vocês fazerem assim, ó: “pim-pum-pim-pá”. Porque, na verdade, eu acho que isso mostra… é assim que a gente tem de fazer”, afirmou a presidenta.
Durante a entrevista, a presidenta contou que quando criança perguntavam sobre a formação profissional que desejava. “Eu queria ser bailarina, depois eu quis ser do Corpo de Bombeiros. Criança quer ser aquilo que ela acha mais bonito e admira, não é? E hoje as meninas podem ser presidentas. É isso que eu acho que também significa… a minha condição de presidente também significa que eu tenho que fazer o melhor governo possível para provar que eu vou honrar as mulheres, as meninas e o sonho dos brasileiros.”
No decorrer da entrevista, a presidenta Dilma contou outras passagens em sua trajetória, indo desde o período na capital mineira, passando pela prisão em São Paulo, à mudança para Porto Porto Alegre. Diante dos detalhes, a apresentadora indagou se a presidenta havia pensado em escrever um livro? “Tem que escrever”, insistiu.
“Atualmente eu estou ‘vivendo’ o livro”, contou a presidenta.
Dilma Rousseff comentou também que, apesar de não ser seguido carreira política, ou seja, antes de chegar ao Palácio do Planalto não teve experiências como vereadora, deputada ou governadora, tem um longo período ligado ao serviço público. A presidenta disse também que o trabalho no comando do país é feito com a ajuda de ministros e auxiliares.
“Eu tenho uma equipe, que são os ministros e os assessores dos ministros, que ajuda a gente a fazer as coisas acontecerem no governo, porque o que é difícil fazer no governo é fazer acontecer. Por exemplo, o meu programa mais importante, ele diz respeito às mulheres também: é o Programa de Erradicação da Pobreza. Porque, Hebe, este país pode ser um país rico, mas ele, para ser um país rico… Nós estamos crescendo muito hoje, nós somos um país respeitado no mundo inteiro, nós tiramos quase 27 milhões de brasileiros da pobreza. Mas ainda tem muita gente na pobreza, e para o Brasil ser um país rico, ele tem de ser um país sem miséria.”

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