segunda-feira, 11 de outubro de 2010


MENSAGEM AO DIA DA CRIANÇA, 12 DE OUTUBRO

 A criança é o princípio sem fim. O fim da criança é o princípio do fim. Quando uma sociedade deixa matar suas crianças, é porque começou o seu suicídio. Quando não as ama é porque deixou de se reconhecer como sociedade. Afinal, a criança é o que fui em mim e em meus filhos, enquanto eu e a humanidade. Ela como princípio é a promessa de tudo. É minha obra livre de mim. Se não vejo na criança uma criança, é porque alguém a violentou antes e o que vejo é o que lhe sobrou de tudo o que lhe foi tirado. Mas, essa que vejo na rua, sem pai, sem mãe, sem casa e comida, essa que vive a solidão das noites sem gente por perto, é um grito, é um espanto. Diante dela, o mundo deveria parar para começar de novo. Porque a criança é o princípio sem fim, e o seu fim é o fim de todos nós.
Herbert de Souza, o Betinho

A importância do brincar para o desenvolvimento das crianças 
 
 
No dia das crianças, especialistas alertam para a importância do brincar e destacam esta atividade como um direito da criança, um momento que deve ser respeitado. “Quando se brinca, não significa que se está perdendo tempo. O brincar é a forma fundamental como as crianças aprendem coisas sobre si mesmo e os demais. É um aspecto básico do desenvolvimento físico, emocional e cognitivo”, garante Marcos Teodorico, coordenador do Laboratório de Brinquedos e Jogos (Labrinjo) do Instituto de Educação Física e Esportes (Iefes) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Várias descobertas na área da neurologia mostram que a brincadeira e o brinquedo são recursos importantes para estimular o cérebro. Através do brincar, a criança satisfaz suas necessidades e potencialidades, porque aprende a se comunicar, liberar seus desejos e sentimentos, desenvolver sua criatividade, adquire conhecimento, desenvolve sua autoestima e se socializa.
Na opinião da psicanalista Idenilza Barbosa Lima de Lima, os adultos não respeitam mais o espaço e o tempo destinado para que as crianças possam brincar. Ela afirma que nos dias de hoje as crianças sofrem de uma doença bizarra chamada “não tenho tempo para brincar porque quando crescer preciso fazer faculdade e trabalhar em um lugar considerado por todos como excelente”. Por esse motivo, famílias tem procurado consultórios de psicologia, psicanálise e psicopedagogia.

(OPovo, Lucinthya Gomes, 12/10/2010)

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