O espancamento e a tortura lideram os casos de violência contra a criança e o adolescente no Ceará, segundo levantamento da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). Somente no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Regional de Fortaleza, que recebe denúncias da Capital e de outros municípios do Estado, foram registrados 733 casos em 2009. Segundo a supervisora do Creas Fortaleza, Regina Nogueira, a violência física começa com uma simples palmada. Após receberem a denúncia, técnicos do órgão visitam a residência da vítima e, se a criança apresentar alguma marca no corpo, é feita a solicitação de um Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia mais próxima e realizado exame de corpo de delito. Para a psicóloga e especialista em saúde mental Luanna Rodrigues, a agressão física é uma forma de educar através do medo. Para ela, as consequências dos castigos físicos são ansiedade, estresse, doenças gastrointestinais e dores de cabeça. Na última quarta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou projeto de lei ao Congresso proibindo a prática de castigos físicos contra crianças e adolescentes, o que vem fortalecer o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
(Diário do Nordeste, Karla Camila, 16/07) |
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