segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Alerta aos pais para aumentar os cuidados com seus filhos durante as festas de final de ano e as férias


O Fórum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares (FCNCT) seção Ceará, por suas atribuições legais, vem por meio deste sugerir pauta para alertar pais e responsáveis para terem cuidados específicos com suas crianças e adolescentes no período das festas de final de ano e férias escolares.
Levamos em conta que o municipio de Fortaleza não dispõe de Conselhos Tutelares em regime de Plantão (Sábados, Domingos e Feriados) o que fragiliza os atendimentos imediatos às vitimas de violências.

DICAS:
1. Ao viajar os pais responsáveis devem procurar o Juizado da Infância e da Juventude quando for viagem interestadual e pegar a devida autorização
2.Toda criança deve sair acompanhada e com identificação;
3. Sempre orientar a criança a não receber presentes de desconhecidos;
4. Não deixar a criança/adolescente a sós em casa (desacompanhados);
5. Saber pra onde e com quem seu filho está indo;
Com tudo, seguindo essas principais dicas poderemos inibir a prática dos crimes quem vêm tendo mais ênfase em nossa cidade, em nosso estado, bem como: violência sexual, prática da pedofilia, sequestros, violências físicas e psíquicas, abandono de incapaz, desaparecimento de crianças e adolescentes e acidentes domésticos.
EULÓGIO NETO Fundador do Grupo SOLIVIDA
Representante do Fórum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares - FCNCT/CE

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Adolescentes utilizados como ambulantes no Centro cumprem escala de até 10 horas e vendem pornografia

O número de vendedores ambulantes que ocupam as ruas e calçadas do centro de Fortaleza no período de Natal sempre apresenta crescimento vertiginoso. Apesar do acréscimo na movimentação da economia local, é comum encontrar irregularidades e verdadeiros absurdos. Em uma simples caminhada da reportagem pelas ruas do bairro, foi possível identificar crianças e adolescentes trabalhando como ambulantes e vendendo de tudo um pouco, desde pirataria a material pornográfico.

De acordo com o que apurou a reportagem com vários jovens utilizados nesta atividade comercial, é grande quantidade de crianças e adolescentes que atuam nesse setor obedecendo a um regime que pode chegar até 10 horas de trabalho por dia.

É o caso do jovem R.O que, com apenas 15 anos, trabalha em uma banca que vende DVDs piratas. Entre os filmes que R.O vende, é possível encontrar até mesmo produções pornográficas. Ele recebe R$ 110 por semana para cuidar do comércio entre o período de 7h30 da manhã e 18h da noite.

R.O parece não perceber a série de irregularidades em que está envolvido. O adolescente diz que vai continuar nesse emprego até ter idade para trabalhar em algum setor formal. “Não tenho idade para trabalhar em outro lugar. Tenho só 15 [anos]. Só saio daqui se eu receber um salário”, conta.


A reportagem tentou entrar em  contato com Ivana Timbó, a delegada responsável pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) para saber se ela tem conhecimento sobre a situação, mas ela está de férias.

Proteção ilegal
O jovem também denuncia que grande parte dos comerciantes informais do Centro sustentam um esquema de corrupção com os guardas da Polícia Militar (PM) que cobrem a região. De acordo com R.O, os PMs cobram R$ 40 por dia para ignorar todas as irregularidades dos camelôs. Ele diz também que já teve problemas com a Polícia Civil. “Eu já tive que fugir deles [Polícia Civil]. Eles disseram que iam levar a mercadoria. Eu deixei. Sei que não vai dar em nada mesmo”, afirma.

A denúncia de R.O é a mesma que faz a vendedora ambulante A.C.S. Ela tem hoje 18 anos, mas atua no comércio informal desde quando tinha 14 anos. A banca em que A.C.S trabalha também vende DVDs piratas. A jovem chega às 8h30 da manhã e vai embora somente às 19h30 da noite.

A.C.S confessou que foi presa no fim de novembro, mas não ficou na delegacia por muito tempo por ser ré primária. “Eu devo trabalhar aqui só até janeiro. Passei 4 anos desse jeito só porque não tinha idade para conseguir emprego em outro lugar”, revela.

Polícia Militar
Em entrevista ao Diário do Nordeste Online, o capitão Humberto Filho, da 5ª Companhia da Polícia Militar, desconhece as acusações feitas pelos vendedores ambulantes.

"Isso que você tá dizendo é novidade para mim. Até porque a ocupação irregular dos camelôs é de responsabilidade da Prefeitura e não da Polícia Militar", diz. O capitão ressaltou, porém, que vai investigar o fundamento das denúncias.

Dados do IBGE
De acordo com dados de 2009 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), aproximadamente 54 mil  adolescentes de 15 a 17 anos estão em situação de trabalho infantil no Ceará.

Extraído do www.diariodonordeste.com.br

Fundos Municipais da Criança e do Adolescente recebem recursos até 30 de dezembro

Pessoas físicas e empresas têm até o fim do mês para enviar contribuições aos fundos municipais, criados em 1990 pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para apoiar projetos de promoção, proteção, defesa e garantia dos direitos da infância.

Pessoas físicas e jurídicas (empresas) poderão destinar recursos aos Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente até 30 de dezembro. Os fundos foram criados em 1990 pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para apoiar projetos de promoção, proteção, defesa e garantia dos direitos da infância.
As empresas podem destinar até 1% do Imposto de Renda Devido (lucro real e estimado) nos fundos, enquanto as pessoas físicas podem transferir até 6% do Imposto de Renda Devido, mas somente em casos de contribuintes que fazem a declaração no modelo completo. O depósito deve ser realizado até o último dia útil bancário do mês de dezembro de cada ano, na Conta Corrente de cada Fundo Municipal. Os fundos são vinculados aos Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente (CMDCAs).

Adolescentes vão elaborar propostas para infância

Rio  - Adolescentes de 12 a 17 anos ficarão encarregados de pensar projetos e propostas para melhorar a vida de crianças e jovens no estado. A decisão foi tomada semana passada, durante a 9ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que acabou sexta-feira na Quinta da Boa Vista, Zona Norte. 

Foram escolhidos 38 delegados para integrar comissão, dentre os quais 10 são menores de idade. As propostas serão analisadas e enviadas para a conferência estadual, que será realizada em abril de 2012, e para a nacional, em julho. Depois, documento com todas as ideias será entregue ao Governo Federal.

A estudante Renata Cristina Cassiano dos Anjos, de 13 anos, será uma das delegadas. A adolescente, que foi bastante aplaudida após elogiar a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei 7.672/2010, conhecido como Lei da Palmada, ficou entre os primeiros colocados.

Para a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Deise Gravina, a conferência teve saldo positivo. “Aconteceu o que nós queríamos: a quantidade de adolescentes foi maior que a de adultos. Eles se mobilizaram, discutiram e apresentaram ideias para a próxima conferência”, comemorou Deise.

A presidente do conselho explicou que todas as propostas apresentadas nos três dias de evento foram aprovadas. Segundo ela, o próximo passo será resumir as ideias apresentadas. “As propostas municipais serão deliberadas pelo conselho, para serem seguidas no município. Depois, iremos resumir tudo aquilo que foi proposto e enviar para a conferência estadual, e, por último, ao Governo Federal”, enumerou Deise.
http://odia.ig.com.br 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Imprensa vive dilema ante livro que devassa privataria tucana

13/12/2011 13:28,  Por José Dirceu
O livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, com tiragem inicial de 15 mil exemplares, esgotou-se em apenas um dia, ao ser lançado do final de semana passada. Para seu editor, o também jornalista Luiz Fernando Emediado, o imenso interesse pelo livro nas redes sociais é inversamente proporcional ao demonstrado pelos grandes jornais e a mídia tradicional em geral.
A obra traz denúncias graves, inclusive a reprodução de mais de uma centena de páginas de documentos comprovando a movimentação financeira de vários tucanos de alta plumagem e de seus parentes e contra-parentes (leia mais neste blog) durante os oito anos do governo do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, nos quais José Serra foi ministro duas vezes.
“A Privataria Tucana”, anuncia o editor, Luiz Fernando Emediato (Geração Editorial) será reeditado até o final desta semana – outra leva de mais 30 mil exemplares. Entrevistado por este blog, Emediato tem sua interpretação própria para a situação: o silêncio sepulcral relativo à obra por parte dos grandes jornais pode ser decorrência da prudência de alguns editores.
Dilema na grande imprensa
“Devem estar se debruçando sobre as provas, avaliando linha por linha”, diz. Fora essa hipótese ele levanta outra: há possibilidade, ainda, de estarem paralisados, perplexos mesmo, com o enorme volume de informações e provas que o livro traz à tona. Mas Emediato – Prêmio Esso de Jornalismo – estranha tamanho zelo em não repercutir as denúncias apresentadas na obra.
“Este final de semana, por exemplo – observa – muitos repercutiram uma matéria de uma revista semanal que requentava fatos baseados no suposto dossiê Caimã, que já havia sido divulgado e descartado como um material forjado contra o PT.  Parece, inclusive, que a matéria foi publicada apenas para causar confusão. E muitos jornais embarcaram no tema, sem o mesmo rigor que estão tendo com o livro do Amaury.”
Emediato resume esse comportamento da mídia:  “a imprensa enfrenta um grande dilema: tratar ou não desta questão”. Mas, ele acredita que a mídia será obrigada a enfrentar o tema. “As provas apresentadas são tão objetivas e tão contundentes e as denúncias, tão graves, que não há como escapar do tema”, conclui.
Mais de 100 páginas com a reprodução de documentos
Segundo Emediato, a decisão de publicar o livro foi mútua. “Eu conheço e respeito o Amaury há muitos anos e acompanhava a história-quase-lenda de que estaria investigando as negociações tucanas durante as privatizações”, conta.
Quando o nome de Amaury foi associado a denúncias de que ele fora o autor de um suposto dossiê contra tucanos durante a campanha da então candidata Dilma Rousseff, Emediato concluiu que a história estava mal contada. “Ele estava há anos investigando e não venderia o seu material para uma campanha, como diziam. Certamente, o guardaria para publicar num livro. Nada batia”, justifica.
Emediato lembra que Amaury não conseguiu se defender por meio da imprensa sobre o caso em que foi envolvido. “Fui procurá-lo, depois de passada a campanha. E o provoquei. Existe mesmo esse livro?”, perguntei-lhe. O livro não só existia, como estava praticamente pronto. Foram mais alguns meses de pequenos ajustes nas cerca de 200 páginas de texto corrido. E a orientação de Emediato foi seguida por Amaury: “optamos por reproduzir, na íntegra, mais de cem páginas de documentos”.
O poder da internet nas investigações
O editor julga “A privataria tucana” a maior investigação jornalística de que ele já teve conhecimento, exatamente pelo volume de provas e documentação levantada.  Qual o segredo de tanta fartura de provas? Emediato tem a resposta na ponta da língua: a facilidade que a internet trouxe para buscar informações. “Nunca foi tão fácil cruzar dados de cartórios, contratos e demais documentos.“
Para provar como era fácil levantar qualquer documento, o próprio Amaury entrou num site norte-americano na minha frente, digitou o CPF de Verônica Serra (filha de José Serra), e lá estavam vários documentos que imprimimos na hora”, lembra o editor.
Com a era Google, na avaliação do editor Emediato, nenhum corrupto estará mais protegido. “Suas transações serão facilmente rastreadas”, conclui.

Imprensa vive dilema ante livro que devassa privataria tucana

13/12/2011 13:28,  Por José Dirceu
O livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, com tiragem inicial de 15 mil exemplares, esgotou-se em apenas um dia, ao ser lançado do final de semana passada. Para seu editor, o também jornalista Luiz Fernando Emediado, o imenso interesse pelo livro nas redes sociais é inversamente proporcional ao demonstrado pelos grandes jornais e a mídia tradicional em geral.
A obra traz denúncias graves, inclusive a reprodução de mais de uma centena de páginas de documentos comprovando a movimentação financeira de vários tucanos de alta plumagem e de seus parentes e contra-parentes (leia mais neste blog) durante os oito anos do governo do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, nos quais José Serra foi ministro duas vezes.
“A Privataria Tucana”, anuncia o editor, Luiz Fernando Emediato (Geração Editorial) será reeditado até o final desta semana – outra leva de mais 30 mil exemplares. Entrevistado por este blog, Emediato tem sua interpretação própria para a situação: o silêncio sepulcral relativo à obra por parte dos grandes jornais pode ser decorrência da prudência de alguns editores.
Dilema na grande imprensa
“Devem estar se debruçando sobre as provas, avaliando linha por linha”, diz. Fora essa hipótese ele levanta outra: há possibilidade, ainda, de estarem paralisados, perplexos mesmo, com o enorme volume de informações e provas que o livro traz à tona. Mas Emediato – Prêmio Esso de Jornalismo – estranha tamanho zelo em não repercutir as denúncias apresentadas na obra.
“Este final de semana, por exemplo – observa – muitos repercutiram uma matéria de uma revista semanal que requentava fatos baseados no suposto dossiê Caimã, que já havia sido divulgado e descartado como um material forjado contra o PT.  Parece, inclusive, que a matéria foi publicada apenas para causar confusão. E muitos jornais embarcaram no tema, sem o mesmo rigor que estão tendo com o livro do Amaury.”
Emediato resume esse comportamento da mídia:  “a imprensa enfrenta um grande dilema: tratar ou não desta questão”. Mas, ele acredita que a mídia será obrigada a enfrentar o tema. “As provas apresentadas são tão objetivas e tão contundentes e as denúncias, tão graves, que não há como escapar do tema”, conclui.
Mais de 100 páginas com a reprodução de documentos
Segundo Emediato, a decisão de publicar o livro foi mútua. “Eu conheço e respeito o Amaury há muitos anos e acompanhava a história-quase-lenda de que estaria investigando as negociações tucanas durante as privatizações”, conta.
Quando o nome de Amaury foi associado a denúncias de que ele fora o autor de um suposto dossiê contra tucanos durante a campanha da então candidata Dilma Rousseff, Emediato concluiu que a história estava mal contada. “Ele estava há anos investigando e não venderia o seu material para uma campanha, como diziam. Certamente, o guardaria para publicar num livro. Nada batia”, justifica.
Emediato lembra que Amaury não conseguiu se defender por meio da imprensa sobre o caso em que foi envolvido. “Fui procurá-lo, depois de passada a campanha. E o provoquei. Existe mesmo esse livro?”, perguntei-lhe. O livro não só existia, como estava praticamente pronto. Foram mais alguns meses de pequenos ajustes nas cerca de 200 páginas de texto corrido. E a orientação de Emediato foi seguida por Amaury: “optamos por reproduzir, na íntegra, mais de cem páginas de documentos”.
O poder da internet nas investigações
O editor julga “A privataria tucana” a maior investigação jornalística de que ele já teve conhecimento, exatamente pelo volume de provas e documentação levantada.  Qual o segredo de tanta fartura de provas? Emediato tem a resposta na ponta da língua: a facilidade que a internet trouxe para buscar informações. “Nunca foi tão fácil cruzar dados de cartórios, contratos e demais documentos.“
Para provar como era fácil levantar qualquer documento, o próprio Amaury entrou num site norte-americano na minha frente, digitou o CPF de Verônica Serra (filha de José Serra), e lá estavam vários documentos que imprimimos na hora”, lembra o editor.
Com a era Google, na avaliação do editor Emediato, nenhum corrupto estará mais protegido. “Suas transações serão facilmente rastreadas”, conclui.

Imprensa vive dilema ante livro que devassa privataria tucana

13/12/2011 13:28,  Por José Dirceu
O livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, com tiragem inicial de 15 mil exemplares, esgotou-se em apenas um dia, ao ser lançado do final de semana passada. Para seu editor, o também jornalista Luiz Fernando Emediado, o imenso interesse pelo livro nas redes sociais é inversamente proporcional ao demonstrado pelos grandes jornais e a mídia tradicional em geral.
A obra traz denúncias graves, inclusive a reprodução de mais de uma centena de páginas de documentos comprovando a movimentação financeira de vários tucanos de alta plumagem e de seus parentes e contra-parentes (leia mais neste blog) durante os oito anos do governo do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, nos quais José Serra foi ministro duas vezes.
“A Privataria Tucana”, anuncia o editor, Luiz Fernando Emediato (Geração Editorial) será reeditado até o final desta semana – outra leva de mais 30 mil exemplares. Entrevistado por este blog, Emediato tem sua interpretação própria para a situação: o silêncio sepulcral relativo à obra por parte dos grandes jornais pode ser decorrência da prudência de alguns editores.
Dilema na grande imprensa
“Devem estar se debruçando sobre as provas, avaliando linha por linha”, diz. Fora essa hipótese ele levanta outra: há possibilidade, ainda, de estarem paralisados, perplexos mesmo, com o enorme volume de informações e provas que o livro traz à tona. Mas Emediato – Prêmio Esso de Jornalismo – estranha tamanho zelo em não repercutir as denúncias apresentadas na obra.
“Este final de semana, por exemplo – observa – muitos repercutiram uma matéria de uma revista semanal que requentava fatos baseados no suposto dossiê Caimã, que já havia sido divulgado e descartado como um material forjado contra o PT.  Parece, inclusive, que a matéria foi publicada apenas para causar confusão. E muitos jornais embarcaram no tema, sem o mesmo rigor que estão tendo com o livro do Amaury.”
Emediato resume esse comportamento da mídia:  “a imprensa enfrenta um grande dilema: tratar ou não desta questão”. Mas, ele acredita que a mídia será obrigada a enfrentar o tema. “As provas apresentadas são tão objetivas e tão contundentes e as denúncias, tão graves, que não há como escapar do tema”, conclui.
Mais de 100 páginas com a reprodução de documentos
Segundo Emediato, a decisão de publicar o livro foi mútua. “Eu conheço e respeito o Amaury há muitos anos e acompanhava a história-quase-lenda de que estaria investigando as negociações tucanas durante as privatizações”, conta.
Quando o nome de Amaury foi associado a denúncias de que ele fora o autor de um suposto dossiê contra tucanos durante a campanha da então candidata Dilma Rousseff, Emediato concluiu que a história estava mal contada. “Ele estava há anos investigando e não venderia o seu material para uma campanha, como diziam. Certamente, o guardaria para publicar num livro. Nada batia”, justifica.
Emediato lembra que Amaury não conseguiu se defender por meio da imprensa sobre o caso em que foi envolvido. “Fui procurá-lo, depois de passada a campanha. E o provoquei. Existe mesmo esse livro?”, perguntei-lhe. O livro não só existia, como estava praticamente pronto. Foram mais alguns meses de pequenos ajustes nas cerca de 200 páginas de texto corrido. E a orientação de Emediato foi seguida por Amaury: “optamos por reproduzir, na íntegra, mais de cem páginas de documentos”.
O poder da internet nas investigações
O editor julga “A privataria tucana” a maior investigação jornalística de que ele já teve conhecimento, exatamente pelo volume de provas e documentação levantada.  Qual o segredo de tanta fartura de provas? Emediato tem a resposta na ponta da língua: a facilidade que a internet trouxe para buscar informações. “Nunca foi tão fácil cruzar dados de cartórios, contratos e demais documentos.“
Para provar como era fácil levantar qualquer documento, o próprio Amaury entrou num site norte-americano na minha frente, digitou o CPF de Verônica Serra (filha de José Serra), e lá estavam vários documentos que imprimimos na hora”, lembra o editor.
Com a era Google, na avaliação do editor Emediato, nenhum corrupto estará mais protegido. “Suas transações serão facilmente rastreadas”, conclui.

Imprensa vive dilema ante livro que devassa privataria tucana

13/12/2011 13:28,  Por José Dirceu
O livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, com tiragem inicial de 15 mil exemplares, esgotou-se em apenas um dia, ao ser lançado do final de semana passada. Para seu editor, o também jornalista Luiz Fernando Emediado, o imenso interesse pelo livro nas redes sociais é inversamente proporcional ao demonstrado pelos grandes jornais e a mídia tradicional em geral.
A obra traz denúncias graves, inclusive a reprodução de mais de uma centena de páginas de documentos comprovando a movimentação financeira de vários tucanos de alta plumagem e de seus parentes e contra-parentes (leia mais neste blog) durante os oito anos do governo do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, nos quais José Serra foi ministro duas vezes.
“A Privataria Tucana”, anuncia o editor, Luiz Fernando Emediato (Geração Editorial) será reeditado até o final desta semana – outra leva de mais 30 mil exemplares. Entrevistado por este blog, Emediato tem sua interpretação própria para a situação: o silêncio sepulcral relativo à obra por parte dos grandes jornais pode ser decorrência da prudência de alguns editores.
Dilema na grande imprensa
“Devem estar se debruçando sobre as provas, avaliando linha por linha”, diz. Fora essa hipótese ele levanta outra: há possibilidade, ainda, de estarem paralisados, perplexos mesmo, com o enorme volume de informações e provas que o livro traz à tona. Mas Emediato – Prêmio Esso de Jornalismo – estranha tamanho zelo em não repercutir as denúncias apresentadas na obra.
“Este final de semana, por exemplo – observa – muitos repercutiram uma matéria de uma revista semanal que requentava fatos baseados no suposto dossiê Caimã, que já havia sido divulgado e descartado como um material forjado contra o PT.  Parece, inclusive, que a matéria foi publicada apenas para causar confusão. E muitos jornais embarcaram no tema, sem o mesmo rigor que estão tendo com o livro do Amaury.”
Emediato resume esse comportamento da mídia:  “a imprensa enfrenta um grande dilema: tratar ou não desta questão”. Mas, ele acredita que a mídia será obrigada a enfrentar o tema. “As provas apresentadas são tão objetivas e tão contundentes e as denúncias, tão graves, que não há como escapar do tema”, conclui.
Mais de 100 páginas com a reprodução de documentos
Segundo Emediato, a decisão de publicar o livro foi mútua. “Eu conheço e respeito o Amaury há muitos anos e acompanhava a história-quase-lenda de que estaria investigando as negociações tucanas durante as privatizações”, conta.
Quando o nome de Amaury foi associado a denúncias de que ele fora o autor de um suposto dossiê contra tucanos durante a campanha da então candidata Dilma Rousseff, Emediato concluiu que a história estava mal contada. “Ele estava há anos investigando e não venderia o seu material para uma campanha, como diziam. Certamente, o guardaria para publicar num livro. Nada batia”, justifica.
Emediato lembra que Amaury não conseguiu se defender por meio da imprensa sobre o caso em que foi envolvido. “Fui procurá-lo, depois de passada a campanha. E o provoquei. Existe mesmo esse livro?”, perguntei-lhe. O livro não só existia, como estava praticamente pronto. Foram mais alguns meses de pequenos ajustes nas cerca de 200 páginas de texto corrido. E a orientação de Emediato foi seguida por Amaury: “optamos por reproduzir, na íntegra, mais de cem páginas de documentos”.
O poder da internet nas investigações
O editor julga “A privataria tucana” a maior investigação jornalística de que ele já teve conhecimento, exatamente pelo volume de provas e documentação levantada.  Qual o segredo de tanta fartura de provas? Emediato tem a resposta na ponta da língua: a facilidade que a internet trouxe para buscar informações. “Nunca foi tão fácil cruzar dados de cartórios, contratos e demais documentos.“
Para provar como era fácil levantar qualquer documento, o próprio Amaury entrou num site norte-americano na minha frente, digitou o CPF de Verônica Serra (filha de José Serra), e lá estavam vários documentos que imprimimos na hora”, lembra o editor.
Com a era Google, na avaliação do editor Emediato, nenhum corrupto estará mais protegido. “Suas transações serão facilmente rastreadas”, conclui.